terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Doce Poeira - Natal

Feliz Natal Moçambique....!!!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Poeira Vertical Diaria IV

6. Futuro inexistente

Os fragmentos de um futuro
habitam o sonho,
interligando-se lentamente
até constituirem a morte,
para a classe alvo de pseudo-discursos
nas eleitorais campanhas,
do rovuma a ponta de ouro.

7. Esperança

Sobrevivo, de mãos dadas aos vivos.
Vivo na vespera da vida,
com a orgia aos multiplos
de sol a sol.
Mas nada disto será vida
nesta única identidade
que resta do que sou,
pele sangue negro
chamo futuro.

8. O oposto da face

Na fogueira de um arepiante Kanringana,
há e sempre haverá uma sólida lição.
Nas barbas do crucifixo,
há e sempre haverá almas derramando sangue.
No epicentro de uma forte tribo,
há e sempre havera um saudável lider.
Nas entranhas de um estripador artigo,
há e sempre haverá um fundo de nós.
Nas costas de uma sentenciada morte,
há um vacúo, mas para o sempre haverá?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Poeira Vertical Diaria III

5. Retrato

Tenho a pele escura
da panela que sai da lenha
e alma branca
como a xima que esta cozeu.

Tenho a voz do penúltimo supiro
de quem sucumbi a beira da morte

Incomodo o escuro fiel dos feitiçeiros
como faz o sol incansavelmente

Sou o incomodo balanço anual
das empresas e fábricas nacionais
recheadas de corruptos

Sou uma porção de merda
nesta pacifica sociedade,
porque tenho a impaciente duvida
em várias nacionais certezas.


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Poeira vertical diaria - parte II

3. Satisfação desgraça

Cheira a satisfação
ar rico, de felecidade prazer
corpo e alma invejado paraiso
...todas luas

(Somente nas esteiras podeis alcançar vossa felecidade?)

Sois estúpidos...
continuais arquitectando milhares de fedelhos
conscientes das febres terrenas
das não regradas dietas forçadas
de tudo que se resume neste pobre sistema nacional,

que nem crianças perdoa.


4. Bagagem (esfolando-me)...

A taça amarga paira no ar

Entenda o que esta em mim
para alem do preto cidadão comum

Na poeira destes mal escritos sentimentos
descarrego 3 gramas de injustiça
cavando a minha triste sepultura
pelas gerações de hoje e vindouras
pois sou viciado pela justiça
feito ricas putas pelo caralho.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Poeira vertical do dia-a-dia

Nesta saga da poeira vertical do dia-a-dia, pretendo partilhar as poeiras verticais distribuidas mz ruelas adentro (atentos a saga...)

1. A dor

Nem
dor de uma viúva traida
o desconforto de uma maca
a intensidade de uma agulha
o roer da sifílis tesa
a brutal tareia matinal das cadeias


o terceiro efeito da pobreza,
roça o mais défice obstaculo
no desespero mensal de uma cólica.

2. Tantos e tantos

Há tanto peixe
tanto camarão e outros mariscos
em abundância nos nossos mares

Há tantos estomagos
narrando o karingana da fome
vezes sem conta, nestas ruelas adentro.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Mais poeiras nao civilizadas...

As narinas minhas andaram em "coma", sem o cheiro das ruas...

Libertei me para a minha primeira fisioterapia pelas ruas, e ja descreverei a poeira de saudosas podres ruas do meu Moçambique.



Leonardo Zunguene

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Descarga vital da poeira dos olhos meus

Ha sempre uma razao, algum motivo...
acima de tudo um ponto consciente
na "inconsciencia" dos actos meus.

nomes e nomes...
apelidos e actos
serei a brisa de poeira...
em alguns beliches desta amada patria.

Leonardo Zunguene