quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Poeira Vertical Diaria III

5. Retrato

Tenho a pele escura
da panela que sai da lenha
e alma branca
como a xima que esta cozeu.

Tenho a voz do penúltimo supiro
de quem sucumbi a beira da morte

Incomodo o escuro fiel dos feitiçeiros
como faz o sol incansavelmente

Sou o incomodo balanço anual
das empresas e fábricas nacionais
recheadas de corruptos

Sou uma porção de merda
nesta pacifica sociedade,
porque tenho a impaciente duvida
em várias nacionais certezas.


Sem comentários: